domingo, novembro 21, 2010

Refúgio...


Fui, e não te achei;
Bati, mas a porta não se abriu;
Gritei, e não ouvi nenhuma resposta;
Insisti, porém nada surpreendente me aconteceu.

Dei-me conta de que estava no encontro sozinho;
Ou, talvez, o lugar não era o mais apropriado.
Corpos saltitantes e nus, olhos ardentes como brasa de fogo.
Nuvens turvas e pessoas sedentas, mas conformadas, contagiavam o ambiente.

O brilho havia fugido de meu olhar, o choro preso no peito entalara minha garganta.
Não existir por alguns segundos, desejei.
É triste e solitário, e real.
Como pude chegar até aqui?
Porque meus pés me trouxeram para este estado de espírito?
Uma desilusão provocada ou um fenômeno natural conseqüente do meu próprio vazio?
Não quero viver neste mundo de ilusão como se esta fosse a melhor de todas as alternativas.

Encontrarei, eu, uma forma de suavizar a densa e silenciosa amargura de meu ser?

Preciso de Ti, Pai!

Derrama tuas águas em minha vida e lava-me com tua fonte de águas vivas.
Mata minha sede e retira de dentro de mim toda a enfermidade de minhalma.
Quero ser completamente livre de todas as confusões de sentimentos.
Não quero mais o deserto seco deste mundo, nem andar nesta terra seca que se tornou o meu coração.

Carros, cavalos, fortalezas...
O braço forte nas guerras...
Altas muralhas, portas, ferrolhos de ferro e bronze...
Cidades fortificadas...

Só em Ti encontrarei tudo de que preciso, pois "todas as minhas fontes são em Ti", (Sl. 87.7)

“Pedi, e dar-se-vos-á;
buscais e achareis;
batei, e abrir-se-vos-á.
Pois todo aquele que pede recebe;
e o que busca encontra;
e, a quem bate, abrir-se-lhe-á”
(Mateus 7:7)